O Amparo Maternal implantou o exame há mais de um ano com o objetivo de diagnosticar precocemente problemas cardíacos em recém-nascidos. Agora, uma Portaria do Ministério da Saúde inseriu a Oximetria de Pulso na triagem neonatal do SUS
A exemplo de testes como os da orelhinha e do pezinho, que identificam possíveis problemas auditivos ou doenças metabólicas, respectivamente, já é possível realizar também o Teste do Coraçãozinho (oximetria de pulso) que visa a identificar más formações congênitas e cardiopatias graves.
O Amparo Maternal, instituição filantrópica especializada na assistência à gestante pelo Sistema Único de Saúde (SUS), realiza o Teste do Coraçãozinho realiza nos recém-nascidos com mais de 34 semanas de idade gestacional, mesmo naqueles que não aparentem ter problemas cardíacos. O teste é feito entre as primeiras 24 e 48 horas de vida da criança, portanto antes que ela saia da maternidade.
De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Pediatria, a cada mil bebês nascidos vivos, de oito a dez apresentam problemas cardíacos sendo que, desses, de um a dois podem apresentar doenças graves.

A partir da detecção precoce é possível iniciar o tratamento adequado aumentando as chances do desenvolvimento normal da criança – e de sobrevivência, nos casos mais graves.
De acordo com o cardiologista e ecocardiografista pediátrico do Amparo Maternal, Ranulfo Pinheiro de Matos, para obter sucesso no diagnóstico é importante associar o Teste do Coraçãozinho ao exame clínico. “Uma Portaria do Ministério da Saúde, publicada no dia 11 de junho de 2014, inseriu o teste de coraçãozinho como parte da triagem neonatal do SUS. Caso o mesmo tenha resultado anormal, então um ecocardiograma é obrigatoriamente realizado, a fim de definir ou descartar cardiopatia. O Amparo Maternal já aplica o teste há mais de um ano, mas agora, com a Portaria, todas as maternidades devem fazê-lo”, afirma.