Com sede na Cidade Universitária, em São Paulo, o Centro de Pesquisas sobre o Genoma Humano e células-tronco desenvolve pesquisa básica e aplicada ligada ao genoma humano, doenças genéticas e estudos com células-tronco
Em abril deste ano, a empresa americana 23andMe comemorou em seu site oficial a marca de 10 milhões de clientes. Especializada em testes genéticos com rapidez, a corporação financiada por gigantes da tecnologia como o Google confirmou que, em média, 43.000 novas pessoas são testadas todos os dias nos Estados Unidos.
No Brasil, iniciativas como o Centro de Pesquisas sobre o Genoma Humano e Células-Tronco (CEGH-CEL), ligado ao Instituto de Biociências (IB) da USP, trazem números mais modestos, mas realizam testes genéticos acessíveis, ao mesmo tempo em que produzem pesquisas capazes de transformar a indústria e a saúde da população.
Nascido em 2000, o CEGH-CEL desenvolve pesquisa básica e aplicada ligada ao genoma humano, doenças genéticas e estudos com células-tronco, além de atividades de educação e de transferência de tecnologia.
Com uma equipe formada por professores, pesquisadores, médicos e técnicos especializados, além da participação de estudantes de graduação e pós-graduação, o centro tem a coordenação da geneticista Mayana Zatz, professora do IB.
Atualmente, o CEGH-CEL é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepid) da Fapesp, mas sua história começou décadas atrás. “A USP atende pacientes com doenças genéticas desde a década de 1970, época que marcou a introdução genética médica no Brasil”, conta a professora Mayana.
A ideia inicial era tratar pacientes que, em contrapartida, auxiliariam especialistas na elaboração de pesquisas científicas. Desde então, o grupo se tornou notório por realizar pesquisas de localização de genes que produzem doenças genéticas, utilizando técnicas clássicas, cromossômicas e moleculares, incluindo sequenciamento de última geração. Da sua origem até os dias de hoje, “os pacientes têm acesso a tecnologias de ponta na área”, reforça a pesquisadora.
Em 1998, com financiamento vindo de Brasília, o CEGH-CEL construiu formalmente sua base atual e na primeira década dos anos 2000, com o aporte da Fapesp, deu início aos seus dois grandes projetos de estudo, envolvendo genoma e células-tronco. Com informações da USP