A equipe técnica da Biotécnica elaborou um artigo cujas informações avaliam possíveis achados laboratoriais descritos na literatura que possam corroborar com a clínica do paciente, afim de facilitar o diagnóstico presuntivo da infecção causada pelo SARS-CoV-2.
Como todos sabem, em dezembro de 2019, o mundo foi surpreendido com uma nova infecção sem agente etiológico definido situada em Wuhan, China. Essa infecção causava uma pneumonia que levava à rápida depreciação da função respiratória, evoluindo para quadro de síndrome respiratória aguda (SARS, do inglês Severe Acute Respiratory Syndrome). No mês de janeiro de 2020, foi descrito que o agente etiológico da relatada pneumonia era da família Coronaviridae, recebendo a patologia associada o nome de coronavirus disease (Covid-19) e o agente etiológico severe acute respiratory syndrome coronavirus 2 (SARS-CoV-2).
Nos meses de janeiro a março, o vírus se espalhou pelo mundo, levando a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar no dia 11 de março de 2020, estado de pandemia causada pelo SARS-CoV-2. O que colaborou para que o vírus causasse uma pandemia é o fato dele ser transmitido pelo ar, além de que pessoas infectadas assintomáticas também podem transmiti-lo. Uma vez dentro do organismo, o vírus promove a interação com a membrana plasmática da célula do organismo humano através de uma glicoproteína de superfície denominada “spikes” que interage com o receptor da enzima conversora de angiotensina 2 (ECA2), para que possa entrar com seu material genético dentro da célula e iniciar o processo de replicação viral.
O diagnóstico conclusivo da infecção pelo SARS-CoV-2 é realizado através da técnica de reação em cadeia da polimerase em tempo real (RT-PCR, do inglês Real Time – Polimerase Chain Reaction), mas por ser uma técnica onerosa e que despende de recursos escassos em países como o Brasil, vários pacientes permanecem sem o correto diagnóstico. Deste modo, o objetivo deste trabalho foi avaliar possíveis achados laboratoriais descritos na literatura que possam corroborar com a clínica do paciente, afim de facilitar o diagnóstico presuntivo da infecção causada pelo SARS-CoV-2.
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