Estudo é sobre o desenvolvimento de biossensores de nanopartículas de ouro esféricas com o uso de anticorpos policlonais (pAb-AuNPs), para detectar a proteína Spike do SARS-CoV-2 (proteína S)
Um grupo de pesquisadores brasileiros da Universidade Federal Fluminense (UFF), da PUC-Rio, do Instituto Vital Brazil, da Universidade de Brasília (UnB), da Universidade Federal do Tocantins, do Inmetro e do Centro de Tecnologia Estratégica do Nordeste, acaba de publicar um artigo científico sobre o desenvolvimento de biossensores de nanopartículas de ouro esféricas com o uso de anticorpos policlonais (pAb-AuNPs), para detectar a proteína Spike do SARS-CoV-2 (proteína S).
O artigo saiu publicado no dia 22 de abril de 2022, em um número especial em homenagem às comemorações de 80 anos do Prêmio Nobel em Química Fraser Stoddart, em uma revista de alto impacto (8.3), a Materials Today Chemistry.
Liderados pela pesquisadora da UFF, Célia Machado Ronconi, o projeto foi apoiado pela Faperj, e resultou em um biossensor que apresentou alta estabilidade por 90 dias a 4°C. Segundo os autores, este biossensor, cujo tamanho das nanopartículas é fundamental, pode ser uma aposta para detecção da Covid-19 por um imunoensaio rápido – em apenas 5 minutos sai o resultado – e com custo estimado acessível.
Os resultados desse estudo contribuem para o maior acesso de populações em países pobres, pois além de terem um custo baixo, não requerem profissionais especializados em testagens mais complexas.
Os pesquisadores acabam de receber mais recursos, tanto da Faperj como da Capes, para prosseguir com as pesquisas. As nanopartículas de ouro têm sido exploradas em pesquisas para detecção de vírus, bactérias, metais e outros contaminantes, além de câncer e de doenças do coração. Fraser Stoddart, o Nobel de Química, agradeceu aos pesquisadores brasileiros em uma postagem no seu perfil do Twitter.