Os leitores que acompanham estas minhas publicações sobre gestão administrativa, com ênfase na econômica, sabem que a última coluna publicada foi a de número 40 na qual abordei o tema do processo decisório e divulguei um dos produtos da nossa empresa, a Unidos Consultoria e Treinamento, denominado “Sistema de benchmarking – apoio à decisão. Ranking nacional da competência gerencial”.
Parabenizo a Cristina Sanches e, por extensão o Portal LabNetwork que em reportagem especial abordou esse tema. Sobretudo, parabenizo a Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML); a Controllab e o laboratório Sabin, nas pessoas de Guilherme Ferreira de Oliveira, diretor de Acreditação e Qualidade; Luiza Bottino Balli, supervisora de Serviços e Graciela Martin, gerente do Núcleo Técnico Operacional. A reportagem explicita o que convencionei chamar do “Enigma dos laboratórios”.
Segundo o Dicionário Online de Português, o conceito de “Enigma” abrange “Coisa difícil de definir, de conhecer a fundo, de compreender”. O que quero dizer com isto? A referida reportagem cita textualmente que “Mas mesmo diante da importância da ferramenta, ele diz que ainda é baixa a participação dos laboratórios brasileiros em programas de benchmarking”. “O Programa de Benchmarking de Indicadores Laboratoriais (PBIL), desenvolvido pela Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML) em parceria com a Controllab, por exemplo, atinge apenas 250 laboratórios no Brasil – em um universo de mais de 10 mil, segundo a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed).” Em seguida diz que “Não é concebível, no mercado competitivo que enfrentamos, não medir o desempenho, pois, como já dizia o grande mestre da gestão da qualidade, Joseph Juran, ‘quem não mede não gerencia. Quem não gerencia, não melhora’”.
Posso afirmar que fato semelhante ocorre com o produto oferecido pela nossa empresa (Unidos Consultoria e Treinamento), o “Sistema de benchmarking – apoio à decisão. Ranking nacional da competência gerencial”. O enigma que proponho é o seguinte: por que os gestores laboratoriais, na sua maioria, não se utilizam das ferramentas de gestão profissional – sistemas de benchmarking – acessíveis de forma inédita no Brasil? A utilização de um Sistema de Apoio à Decisão (SAD) decorre, fundamentalmente, da competição cada vez maior entre as organizações, bem como da necessidade de obter de forma rápida, informações cruciais para o processo decisório.
Um SAD é responsável por captar e elaborar informações contidas em uma base de dados, transformando-os em vantagem competitiva, para decidir de forma inteligente. Com esta finalidade, desenvolvemos o Sistema de benchmarking – apoio à decisão, fundamentado em sólido banco de dados e um modelo analítico, contemplando de forma ampla a realidade dos laboratórios clínicos. O sistema gera informações vitais para o sucesso destas empresas, mediante inúmeras alternativas quantificadas de alocação dos recursos físicos, financeiros e humanos, para a obtenção dos melhores resultados organizacionais. Trata-se de suporte científico às decisões dos gestores laboratoriais.
O nosso sistema apresenta o Ranking Nacional da Competência Gerencial, com o seguinte objetivo: disponibilizar uma ferramenta para a tomada prática e rápida de decisões com fundamento matemático, mediante um conjunto de produtos integrantes do método de gestão, agilizando a implantação das ações corretivas e preventivas visando aumentar os lucros, a competitividade e reduzir o risco de insolvência dos laboratórios.
Produtos
– Diagnóstico de problemas através da mensuração da competitividade e do risco de insolvência dos laboratórios clínicos. Isto somente é possível por meio de um processo exclusivo de benchmarking competitivo e de colaboração com âmbito nacional.
– Análise das causas prováveis dos problemas identificados, também via processo de benchmarking competitivo e de colaboração com âmbito nacional, que estabelece valores referenciais (metas) de laboratórios do Brasil, para todos os indicadores de desempenho (ID’s).
– Informações para soluções dos problemas, geradas por meio de dezenas de análises qualitativas e quantitativas.
O produto Sistema de benchmarking – apoio à decisão faz parte do Programa Nacional para Profissionalização da Gestão Laboratorial – Progelab, por nós desenvolvido e atinge mais de 300 indicadores de desempenho, abrangendo a contabilidade gerencial sintética e analítica. Não existe nada nestas proporções em programas no País ou exterior, fato que torna o Progelab de notória especialização.
Os indicadores da contabilidade sintética contemplam: custos fixos (17); variáveis (8); ticket médio; grau de alavancagem operacional; produtividade dos colaboradores; produtividade dos custos fixos; produtividade dos custos variáveis; ponto de equilíbrio; custo percentual da força de trabalho; eficiência do modo de produzir; lucro por exame; margem de lucro por exame; margem de contribuição em reais e percentual; razão operacional, margem de segurança e matriz das perspectivas empresariais, dentre outros.
Os indicadores da contabilidade analítica contemplam todos os custos unitários de produção dos exames constantes da curva abc. Um grande diferencial do produto é o Relatório de Gestão que o cliente recebe a primeira vez com uma análise dos ID’s, de forma sintética, detalhada, mensurada, comparada e criticada. Com base nesta demonstração, os gestores laboratoriais não têm nenhuma dificuldade em elaborar novos relatórios, a não ser tomar as ações corretivas e preventivas identificadas.
Finalmente, todos os indicadores de desempenho são apresentados em valores absolutos e gráficos, sendo os desvios (deltas absolutos e %) calculados considerando as estatísticas do banco de dados. Consideramos este produto como sendo um sistema de gestão profissional, sintetizado na sua essência, não sendo mais possível produzir tanta informação importante, de forma fácil e rapidamente acessível aos gestores laboratoriais, com tão poucos dados de entrada. Nunca o apoio às decisões foi tão simples, completo, científico e acessível: identificação de problemas (diagnóstico) e análise de causas, proporcionando a visualização das ações corretivas e preventivas. Finalmente, este sistema contempla algo único em termos de gestão econômica para laboratórios, inédito mesmo mundialmente: o Ranking nacional da competência gerencial. Que é em síntese:
– O Ranking Nacional da Competência Gerencial (RNCG) é um produto exclusivo do Sistema de benchmarking – apoio à decisão (SB – AD), ferramenta de TI integrante do Progelab. Este ranking de laboratórios brasileiros classifica os cem (100) primeiros colocados em um certame onde está em jogo a eficiência da gestão econômica de cada participante.
– A competência dos gestores e ou sócios proprietários é avaliada pela qualidade dos resultados dos processos econômicos da administração. Esta é mensurada através de um conjunto de Indicadores de Desempenho (ID’s) da eficiência gerencial. São eles: 1) IEG = Índice de eficiência gerencial. É formado por outros três indicadores, entretanto, não é uma soma aritmética, pois os valores que constituem as bases 100 são diferentes entre si. Portanto, nunca estes índices devem ser somados. Aqui existe uma “soma de conceitos”. Estes indicadores são: 2) IEGCF = Índice de eficiência gerencial dos custos fixos. 3) IEGCV = Índice de eficiência gerencial dos custos variáveis. 4) IEGD = Índice de eficiência gerencial diversos.
Atenção: nenhum laboratório conhece a posição dos outros participantes do certame. A classificação individual no Ranking Nacional da Competência Gerencial (RNCG) é absolutamente confidencial e particular. Não é de conhecimento público! Serve exclusivamente para o importante propósito (objetivo) de orientar e motivar os gestores laboratoriais para buscar a constante melhoria contínua dos processos econômicos, visando aumentar os lucros, a competitividade e reduzir o risco de insolvência, observando assegurar desta forma, um futuro perene para os laboratórios. Boa competição a todos e que sejam vitoriosos.
Lembrando que o título deste artigo (O enigma dos laboratórios), remete para o misterioso comportamento quase que comum que permeia o universo dos gestores laboratoriais, na medida em que dispõem de excelentes ferramentas de gestão profissional ao alcance, contudo, as ignoram e, paradoxalmente se lamentam das adversidades do mercado, transcrevo a seguir, parte das reflexões que fiz com gestores laboratoriais do Brasil e, constam do quinto livro que escrevi: Progelab – Programa Nacional para Profissionalização da Gestão Laboratorial – Gestão Econômica Aplicada para Laboratórios Clínicos. Inovações disruptivas sobre o tema.
O mercado mudou, as relações comerciais estão globalizadas, todo tipo de intercâmbio acontece de forma célere, trazendo junto à concorrência internacional até as nossas portas. Os compradores estão reunidos em grandes conglomerados, portanto, com a força do coletivo, impondo os preços dos nossos produtos (informações/exames/laudos). Não se trata do mundo ser ou não justo. De nada adianta a postura das lamentações. Não podemos colocar o futuro dos nossos laboratórios clínicos somente na mão dos outros e adotar o papel de “vítimas” do destino. Precisamos fazer a nossa parte, sermos proativos, fazer acontecer, sermos os sujeitos das nossas ações que busquem a rentabilidade, a produtividade, enfim, a competitividade das organizações pelas quais somos responsáveis. Não existe alternativa: a decisão para um futuro inteligente passa em transformar uma gestão empírica em profissional.
Atualmente, a velocidade de produção e disseminação das informações é prodigiosa. Estamos conectados em múltiplos canais, sejam eles de voz, texto e imagem, dos mais diversos meios de transmissão, telefone, rádio, televisão, internet, em inúmeros aplicativos, redes sociais, profissionais etc. Enfim, tudo se propaga, seja de bom ou ruim! Uma coisa ninguém pode reclamar: falta de oportunidade para a conscientização do que ocorre localmente ou no mundo, em qualquer área do saber humano.
Em decorrência disto, pessoalmente, tomo conhecimento diário do pensamento e posicionamento, de uma forma geral, dos gestores laboratoriais, principalmente daqueles que operam os pequenos e médios laboratórios clínicos no Brasil. As manifestações normalmente convergem e, sobretudo, se repetem, exaustivamente para os seguintes tópicos:
1. Situação econômica e financeira ruim, fato que aumenta o risco de insolvência destas organizações. Isto atualmente delimita o problema comum dos gestores laboratoriais.
2. Culpados que invariavelmente são citados como responsáveis:
2.1- Compradores dos produtos (convênios etc.).
2.2- Médicos assistentes que demandam os produtos (Serviços e exames laboratoriais).
2.3- Laboratórios de apoio.
2.4- Governos (Federal, estadual e municipal).
2.5- Fornecedores de insumos.
2.6- Colegas de profissão (Empresários na área das análises clínicas).
2.7- Capital externo (Investidores estrangeiros).
O que posso dizer sobre estes tópicos? Quanto ao número 1, temos uma constatação real, tangível e inquestionável, com raras exceções, seria negar uma evidência. Este tópico define o problema. Entretanto, com relação aos demais tópicos, se me permitem, vou externar minha opinião pessoal, por decorrência, sujeita às falhas inerentes ao ser humano e a minha própria ignorância, mas é o que penso. Todavia, com muita vontade de mudar perante a novas argumentações. Sabemos que a verdade pertence ao saber coletivo e muda de forma permanente com a realidade objetiva dos fatos e o saber da ciência. Dito isto, passo a comentar os tópicos citados.
2.1- Culpar os clientes (convênios), ainda que atores intermediários com o usuário final, é culpar a “razão de existir” das organizações humanas e, dentre estas, os laboratórios clínicos, cuja missão é fornecer serviços e produzir informações (laudos/exames) para os clientes! Cliente, em qualquer negócio, é solução, não problema. Enquanto houver clientes, haverá esperança. Sem eles, não existirá o negócio.
2.2- Os médicos que solicitam os exames estão praticamente no mesmo nível de importância dos pacientes. Pois, é através do médico que, tendo como uma das fontes de informação os exames, poderá elaborar o diagnóstico para a solução do problema do cliente. Sem o médico assistente, praticamente, não existiria o laboratório, portanto, este será parte importante da solução, não a causa de problemas! Se ocorrem direcionamentos ou falta disto, preferências e exigências feitas pelos médicos, estas serão oportunidades de melhorias para os competentes. Ou será que os médicos colocam condicionantes ilegais, antiéticas, desonestas ou desleais? E, somente para você?
2.3- Atualmente, face a logística e principalmente a multiplicidade e complexidade da tecnologia que avança a taxas crescentes, não mais é possível existir um laboratório que não seja apoiado por outros, em qualquer parte do planeta. Então, torna-se inútil “declarar guerra” aos laboratórios de apoio, pois eles são uma exigência para o sistema global funcionar. O “cluster” das análises clínicas não pode operar com eficiência sem o conceito do “apoio”. São como os “impostos”, não há o que discutir sobre se devem ou não existir, contudo, pode e se deve debater suas formas de atuação. Finalmente, hoje vejo eles mais como solução do que como problema. Provavelmente, sem eles, a grande maioria dos pequenos e médios laboratórios já poderiam ter se encaminhado para a insolvência, ou pelo menos, buscado uma solução radical (?) para resolver como produzir os exames complexos exigidos pelo mercado cada vez mais tecnológico, e sem dispor de recursos financeiros para tal desafio.
2.4- O Governo é o maior comprador de exames, portanto, seguramente um dos maiores clientes, e como já vimos, cliente é solução, não problema. Ainda, o Governo detém o poder de regular legalmente o funcionamento de todo o sistema. Finalmente, estipula os impostos. Com um “stakeholder” desta magnitude, em alguns pontos devemos acatar (onde houver poder de polícia), em outros se unir (greves localizadas em comunidades com poucos prestadores, por exemplo), em outros influenciar via Sociedades Científicas (regulação técnica), bem como em outros sermos mais competitivos, fazendo mais com menos, mantendo a qualidade exigida legalmente. Finalmente, quando isto não for possível, deixar de atender! Ninguém, nenhum laboratório que se preza, pode se submeter a viver de um só cliente!
2.5- Os fornecedores de insumos fazem parte do mesmo mercado competitivo que os laboratórios estão inseridos, portanto, faça com que eles sejam parte da solução e não do problema. Tenha competência gerencial, a gestão tem que ser profissional, não existe mais espaço para o amadorismo no universo das análises clínicas!
2.6- Os colegas de profissão e empreendedores nada mais são do que um elemento indispensável no mercado, sem eles, não existiria o próprio mercado, lugar onde todos nós atuamos! Seria a utopia de ter um único fornecedor ou um grupo com dois tipos de fornecedores: os que reclamam dos colegas e os que são os “espertos”, egoístas, antiéticos e desleais, que aviltam os preços, complicam licitações, enfim, semeiam a discórdia e fomentam a desunião da classe, e por aí vai. Pois bem, se isto for verdade, porque não se unem, pelo menos, os do grupo que quer a união, que são éticos? Ou será que em todas as cidades só têm um destes, divididos de tal forma que não existe a possibilidade geográfica da união? Ou será que existe a predominância implacável dos “maus colegas”, por decorrência, marcando inevitavelmente a classe dos proprietários de laboratórios clínicos, como aética, com indivíduos carentes de uma boa moral?
2.7- O capital externo veio para ficar. O mundo globalizado é caracterizado exatamente por isto: intercâmbio de riquezas de toda a espécie (commodities, investimentos financeiros, conhecimento, seres humanos, cultura…). Ele traz consigo a concorrência internacional à nossa porta, acompanhada de ameaças, mas também de oportunidades. Sejamos gestores profissionais, competentes, para aproveitá-las! A concorrência é competitiva, aguerrida e disputa com ferocidade toda e qualquer fatia do mercado. Não há espaço para “choro”, lamentação ou reclamação, só existe um objetivo: sobreviver e lucrar. Não adianta argumentar que isto não é justo, aliás, não existe para quem reclamar.
Portanto, conclamo os colegas gestores de laboratórios clínicos: vamos mudar a percepção das causas do problema (que, sem dúvidas, existe) e das soluções. Basta de reclamações. Ao invés de buscar as causas somente no ambiente externo, colocar a culpa do problema nos outros, bem como esperar que terceiros apresentem soluções, vamos voltar nossa atenção para dentro dos nossos laboratórios, para as nossas atitudes gerenciais, o que de fato estamos fazendo além de protestar? Que ações gerenciais estamos adotando para aumentar a produtividade, reduzir riscos, incrementar competitividade e lucros? Você está avaliando a competitividade do seu laboratório? Quantificando os custos de produção? Metrificando a rentabilidade de exames, clientes, equipamentos e setores da produção? Calculando o momento certo para a terceirização mais rentável? Você está se comparando (processo de benchmarking) com os seus concorrentes para saber onde está pior e deve melhorar? E como melhorar? E quanto esperar de retorno? E ainda, o laboratório é um negócio viável considerando as características da região onde opera? Caso tenha uma única resposta negativa, poderá não estar controlando adequadamente os processos da sua organização, ainda que hoje esteja lucrando bem! A solução para todas estas questões, virá somente com gestão profissional.
No meu trabalho já vi de tudo em gestão. Apreendi com os meus clientes muito. Mas quem sabe controlar os seus processos, quem faz gestão profissional, não está mal neste País. Nem sempre um ticket médio alto assegura sucesso e, muitas vezes um ticket médio mais baixo produz melhores resultados financeiros, mantendo a qualidade legal dos exames. Para isto acontecer, tem que ser gestor profissional, não tem mais espaço para amadorismo. A luta é por centavos. Os laboratórios clínicos são uma alternativa de investimento (além de uma paixão!), portanto, como todos os investimentos, têm que ser geridos com cuidado, por profissionais. Você faria uma cirurgia nos olhos com um carpinteiro? Um implante dentário com um ferreiro? É óbvio que não. Então, por que não tratar do seu investimento com profissionalismo? Não quer que ele prospere? Quem não sabe calcular a sua competitividade e avaliar o seu risco de insolvência, não sabe se localizar no “Mapa da concorrência mundial”. E quem não sabe onde anda, está perdido! Simples assim, quem não resolve os problemas estruturais (internos), não pode simplesmente jogar a culpa nos agentes externos (conjunturais). Quem não mensura e compara os seus processos, não gerencia, portanto, fica ao sabor dos ventos (externos ao barco), não ajusta as suas velas, não comanda o leme. Qual a consequência? Vai para onde o vento e as marés levarem! O capitão do navio passa a ser os agentes externos, o comandante não sabe aonde ir e o leme está quebrado. Quem quiser sobreviver vai ter que se capacitar ou reavaliar a ética. É o mercado impondo suas leis naturais ou “artificializadas”, mas determinantes. Não é justo? Não. Tem para quem reclamar? Não. O cidadão mais honesto, decente, sábio, humilde e caridoso que existiu no mundo, foi vilipendiado, torturado e crucificado!! Foi isto justo? Não. Reclamou? Não. Então quem somos nós para reclamar de justiça?! Vamos arregaçar as mangas, nos capacitar, trabalhar, trabalhar, trabalhar…, pois sendo leão ou gazela, temos que correr para sobreviver! “A vida é luta renhida, que aos fracos abate, e aos fortes, só faz exaltar.” (Canção do Tamoio – Gonçalves Dias). Todos, simplesmente, todos temos que lutar, não há escolha para o sucesso honesto!”.
A postura tipificada pelas lamentações é quase uma constante por parte dos gestores laboratoriais, mas quando constatamos que aproximadamente menos da metade dos laboratórios sequer atendem os requisitos legais no que tange os controles externos e internos da qualidade (RDC 302/2005) necessários para o alvará sanitário, segundo estatísticas de participantes do PELM e do PNCQ e o provável (?) número de laboratórios existentes no País, vem a inevitável reflexão sobre a procedência de tais reclamações.
Existe a devida guarida moral? Ou está presente o egoísmo na crença da prevalência do indivíduo? Tudo para mim, em primeiro lugar e de preferência, grátis! A cultura da “Lei de Gerson” parece que impera no mercado das análises clínicas. Vejam a grande iniciativa de associações como a LAS e o GIPLAB bem como de grupos como a OFAC Brasil e as sociedades científicas SBAC, SBPC/ML, os Conselhos de Classe e tantas outras organizações que, estão promovendo aquela que considero a maior mobilização do setor, contra as CP’s 911 e 912 e, pasmem, a adesão dos profissionais das análises clínicas é simplesmente pífia! Inexpressiva, em um tema de tal relevância para o futuro dos negócios, fato que comprova a postura de lamentações e de omissão, esperando sempre que a solução venha por parte dos outros.
Estamos fazendo a nossa parte, buscando deixar um legado ao universo das análises clínicas do País, por isto, voltamos ao título deste artigo: O enigma dos laboratórios. Nós temos a solução. A Unidos Consultoria e Treinamento fornece suporte total em gestão econômica para laboratórios, com preços acessíveis aos de pequeno e médio porte. Recomendamos que busquem informações sobre o nosso trabalho junto aos clientes, pois são eles, em última análise, que tem autoridade para isto. Visitem o site.
Nossos produtos proporcionam decisões mais assertivas na importante área econômica, que definem não só a sobrevivência, mas os lucros no presente e no futuro. Não há alternativa honesta possível a não ser gestão baseada em evidências científicas. É o que oferecemos aos nossos clientes: gestão profissional para um futuro perene! Entretanto, a decisão é dos gestores laboratoriais, são eles que podem fazer a diferença entre a postura das lamentações ou serem proativos, fazendo acontecer. Este é o mistério e o modo de decifrar a solução do enigma: mudar o papel de vítimas do destino (postura de lamentações) para o de construção do caminho para o sucesso (fazer acontecer). Colocamos a seguir, um conjunto de questões para os gestores laboratoriais responderem, de forma sincera, honesta. Caso não souberem responder, talvez façam parte do “Enigma dos laboratórios”, ainda que estejam lucrando bem.
35 questões fundamentais para definir o futuro
Se o gestor do laboratório não souber responder estas questões, ele poderá até estar lucrando bem, entretanto, ainda assim, não controlará de forma adequada a empresa.
1. A lucratividade do seu laboratório é maior ou menor do que a do concorrente?
2. Qual o nível de competitividade do laboratório comparado com a concorrência?
3. E o risco de insolvência é maior ou menor do que a concorrência?
4. Os clientes do laboratório pagam mais ou menos pelos os exames do que na concorrência?
5. Qual o valor dos exames na concorrência?
6. A política de precificação dos exames está correta? Não está conduzindo à falência do laboratório? Ou quem sabe, à perda de mercado?
7. Não será a hora de vender o laboratório? E, neste caso, quanto vale o negócio? Quais as alternativas para continuar a operação?
8. O laboratório produz mais barato do que a concorrência? O quanto mais barato?
9. Qual o valor de quem produz mais barato? É possível produzir por este valor?
10. É melhor produzir ou terceirizar mais?
11. Quantos dias por mês produzem os lucros do laboratório?
12. O volume de exames produzidos é adequado à capacidade instalada para recepcionar, coletar, produzir, entregar e faturar?
13. O laboratório tem mais ou menos empregados que a concorrência?
14. Eles ganham mais ou menos que na concorrência?
15. O laboratório paga mais ou menos aluguel que a concorrência?
16. Gasta mais com água, energia elétrica e comunicações do que a concorrência? E, qual o valor gasto a mais ou a menos?
17. Gasta mais com marketing, material de uso comum e serviços de terceiros do que a concorrência? E, quanto gasta a mais ou a menos?
18. Gasta mais com investimentos e capital de giro do que a concorrência? E, quanto gasta a mais ou a menos?
19. Gasta a mais com reagentes, controles e calibradores do que a concorrência? E, quanto gasta a mais ou a menos?
20. Gasta a mais com descartáveis, manutenção de equipamentos e material de escritório do que a concorrência? E, quanto gasta a mais ou a menos?
21. Gasta a mais com laboratórios de apoio do que a concorrência? E, quanto gasta a mais ou a menos?
22. Paga mais impostos do que a concorrência? E, quanto paga a mais ou a menos?
23. Em que processos devem ser alocados os recursos físicos, financeiros e humanos para atingir metas desejadas?
24. Quais serão as margens de lucro e as rentabilidades do negócio para os mais diversos cenários de vendas?
25. Qual o ponto de equilíbrio do laboratório?
26. Em caso de expansão do laboratório ou ainda, da abertura de um novo negócio, que lucro esperar?
27. Qual a forma e momento de mudar a operação do negócio?
28. Quais as causas dos problemas econômicos do laboratório?
29. Que ações corretivas e preventivas devem ser tomadas?
30. Qual a repercussão no lucro do laboratório?
31. Os custos fixos são controlados de forma eficiente?
32. Os insumos para a produção dos exames são gerenciados de forma eficiente?
33. São mensurados e comparados com a concorrência os índices de eficiência gerenciais?
34. Qual a posição do laboratório no Ranking Nacional da Competência Gerencial?
35. O planejamento estratégico do laboratório é estabelecido com base nos resultados da concorrência, assegurando desta forma que a organização seja competitiva e com baixo risco de insolvência?
O sistema de benchmarking – apoio à decisão – Ranking Nacional da Competência Gerencial responde todas estas questões! Trata-se de um produto de TI que contribui de forma definitiva para auxiliar os gestores laboratoriais a tomarem as decisões mais assertivas na importante área econômica, que define não só a sobrevivência, mas os lucros no presente e no futuro. Não há alternativa honesta possível a não ser gestão baseada em evidências científicas. É o que oferecemos aos nossos clientes: gestão profissional para um futuro perene! Finalizo citando Deming: “O que não é medido, não é gerenciado”. Entretanto, tenho a ousadia de completar: O que não é medido e comparado, não é gerenciado.
Bem pessoal, era isto que eu tinha para compartilhar com vocês nestes momentos disruptivos que o planeta está passando com a Covid-19, no qual ameaças existem, sem sombra de dúvidas, entretanto, vejo muito mais oportunidades a serem aproveitadas pelos competentes. Estou fazendo a minha parte, compartilhando o pouco que acho que sei. Este deve ser o compromisso das pessoas: fazer a sua parte na cadeia universal de dependência entre todos os seres de todos os reinos.
Que Deus nos abençoe!