Exame favorece o diagnóstico precoce do câncer aumentando a chance de cura
O dia 4 de fevereiro é o Dia Mundial do Câncer. A data foi instituída em 2005 e marca a realização de ações que ampliem a conscientização e prevenção da doença que atinge 12 milhões de pessoas por ano no mundo, segundo dados do INCA – Instituto Nacional do Câncer.
Neste dia, a Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial ressalta o protagonismo dos exames laboratoriais que, junto com outros avanços médicos, têm revolucionado e otimizado exponencialmente o diagnóstico da doença, proporcionando a possibilidade de início imediato de tratamento e monitoramento.
A biópsia líquida vem ganhando espaço como uma forma não invasiva de identificar sinais de DNA tumoral no sangue, viabilizando a prevenção, detecção precoce e monitoramento do tratamento de diversos tipos de câncer. Segundo o patologista clínico Adagmar Andriolo, a tendência é de que nos próximos anos esse exame se torne prática da comunidade médica oncológica. “Existem estudos que comprovam que um mesmo tumor pode apresentar material genético distinto. Dessa forma, a biópsia líquida se apresenta muito mais precisa, pois capta diretamente no sangue células que se desprenderam de diversas partes do tumor. Por isso, o exame se demonstra mais prático e confortável ao paciente. Além de apresentar baixos riscos de complicação, quando comparado à biópsia tradicional ou procedimento cirúrgico para coleta de fragmento de tumor”, ressalta.
Enquanto isso, o sequenciamento genético, disponível na rede pública de saúde, já é considerado uma rotina na prática médica oncológica, gerando um impacto significativo na prevenção do câncer. Segundo Andriolo, “este exame possibilita aos pacientes detectar câncer hereditário, que somam 10% de todos os casos diagnosticados. Desta forma, possibilita um melhor acompanhamento do paciente e orientação para aconselhamento genético”.