Dia 28 de maio é marcado pelo Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna, data criada para conscientizar, apoiar e lutar pela qualidade de vida das mulheres. No Brasil, a principal causa de mortalidade materna é a pré-eclâmpsia, doença caracterizada pelo aumento da pressão arterial e alto nível de proteína na urina durante a gestação. Estima-se que, a cada ano, 8.5 milhões de mulheres sofram com a doença no mundo (1) e 15% dos partos prematuros sejam causados pela doença (2). A boa notícia é que já existe uma forma para avaliar o risco de desenvolver a pré-eclâmpsia antes mesmo dos primeiros sinais clínicos.
O exame de biomarcadores para pré-eclâmpsia (sFlT-1/PlGF), desenvolvido pela Roche, é uma análise simples realizada por meio do sangue materno após a 20ª semana de gestação. Com ele, é possível medir a relação entre o fator de crescimento placentário (PIGF) e a tirosina quinase-1 (sFlt-1) presentes na placenta, permitindo avaliar o risco de aparecimento da doença nas próximas semanas de gravidez. A análise auxilia o médico a tomar as melhores decisões para garantir a saúde da mãe e do bebê.
Por ser uma doença silenciosa e de difícil diagnóstico – os primeiros sintomas só começam a aparecer após o 3º trimestre -, a pré-eclâmpsia pode impactar diretamente na qualidade de vida das pacientes, levando a internações desnecessárias e complicações que podem ser fatais. Se não controlada, a doença pode causar, entre outras condições, falência renal, insuficiência hepática, convulsões (eclâmpsia) e acidente vascular cerebral.
Estudos mostram que, além de predizer a pré-eclâmpsia, o uso do teste também reduziu em 50% as hospitalizações (3) por ter uma identificação mais acurada das pacientes com a forma mais severa da doença para o encaminhamento ao atendimento especializado na maternidade (4).
1. Victora, C. et al. Maternal and child health in Brazil: progress and challenges. Lancet 2011; 377: 1863–76.
2. Verlohren, S., et al. (2010). Am J Obstet Gynecol 202 (161): e1-11.
3. Strunz-McKendry et al (2014). 20th COGI World Congress 2014.
4. Verlohren S et al. Am J Obstet Gynecol 2012; 206:58.e1-8.